segunda-feira, 12 de agosto de 2019

PARA NOVAMENTE SURPREENDER O BRASIL

   Disputar uma semifinal de Copa do Brasil é mais um feito importante que escancara a boa fase que vive o Clube Athletico Paranaense. Para se ter noção da importância dessa competição, é apenas a segunda vez do clube nessa fase do torneio (foi vice em 2013) e equipes grandes como São Paulo e Botafogo também nunca conquistaram o título. Nesta edição, o Furacão entrou nas oitavas por ter participado da Libertadores e chega à essa semifinal após eliminar Fortaleza e Flamengo. O adversário que tem pela frente é nada mais que o "Rei de Copas", Grêmio, 5 vezes campeão do torneio, atrás apenas do Cruzeiro, maior vencedor com 6 títulos.


O ADVERSÁRIO

   Com 3 anos de Renato Gaúcho no comando técnico, o Grêmio possui um dos trabalhos mais sólidos do Brasil. Desde 2016, ano da chegada do treinador, conquistou Copa do Brasil, Libertadores, Campeonato Gaúcho e Recopa Sulamericana. Em 2019, Renato vem tentando se reinventar para achar a equipe ideal para seus jogos importantes e, mesmo com as dificuldades e a irregularidade da equipe durante a temporada, o Grêmio ainda está vivo na Libertadores, foco principal do clube, e na Copa do Brasil.
Para este primeiro jogo, em casa, o Grêmio deve tentar exercer pressão no Athletico, principalmente nos minutos iniciais. Marcação alta e muito forte na saída de bola e um time que vai tentar ter mais posse de bola, sendo essa uma posse bastante vertical, controlando o jogo a partir dela. A equipe segue sempre um padrão de como construir seu jogo. Começa de maneira bem posicional mas que, ao decorrer do jogo, usa uma variação interessante de construção. A grande diferença das duas maneiras de construção é o posicionamento de Maicon e Matheus Henrique. Tem momentos em que ficam mais centralizados e começam a jogada a partir dalí mesmo, caracterizando um ataque mais posicional. Por outros momentos, eles abrem na posição dos laterais que avançam gerando muita profundidade, essa maneira de construção dá mais liberdade para Jean Pyerre e os pontas receberem a bola mais por dentro. Porém, independente de qual maneira de construção usada, o posicionamento dos outros jogadores são sempre os mesmos. Jean Pyerre sendo a solução como meia após o declínio físico e técnico de Luan, achando bem os espaços entrelinhas pelo centro e, cada vez mais, buscando e gerando jogo mais na base da jogada. Os pontas Everton e Alisson alternam com os laterais, jogando hora mais por dentro, hora mais aberto. Na frente, o titular André deve perder espaço para Diego Tardelli, que dá mais movimentação ao ataque do time gaúcho.

Construção padrão de um jogo mais posicional do time gremista. Maicon e Matheus Henrique construindo a partir do centro.


Variação de construção do time gremista com Maicon e Matheus Henrique começando a jogada da ponta para dentro; laterais geram profundidade e amplitude; mais espaço para o jogo por dentro, potencializando Jean Pyerre.



PONTOS FRACOS

   Apesar de bem treinado e classificado nas competições importantes até aqui, o Grêmio em 2019 é, em desempenho, o pior desde 2016. Mesmo com Jean Pyerre mostrando muito talento e potencial, a equipe perde muito com o declínio de Luan, protagonista nos títulos recentes do time. A busca pelo atacante ideal ainda é uma sina para Renato Gaúcho. André é extremamente irregular, Vizeu até fez bons jogos mas machucou e agora Diego Tardelli vem ganhando espaço. Alisson pelo lado direito do ataque não vem tendo desempenho tão bom quanto costumava apresentar. Defensivamente, a dupla Maicon e Matheus Henrique não dão a proteção necessária para a entrada da área, nenhum dos dois é 1° volante e depois da lesão do Michel, essa zona de marcação é um ponto a ser explorado.  Além disso, os ótimos zagueiros Geromel e Kannemann não fazem um bom ano. O Grêmio é um time que sempre confiou muito nos seus zagueiros, que fazem perseguições muito altas nos atacantes adversários, porém a dupla vem num declínio físico absurdo e muitas vezes esses duelos nas perseguições são perdidos. Tirar Marco Rúben da referência para induzir essas perseguições, usando Rony para atacar os espaços deixados é outro ponto importante também. Portanto, o time gremista é muito bem treinado e possui grande qualidade técnica mas não joga um futebol que encanta esse ano, joga pro gasto. Os jogadores de frente estão longe do que já apresentaram e defensivamente possuem deficiencias que não vinham acontecendo em anos anteriores e que, se bem exploradas pelo Furacão, podem ser determinantes.

OLHO NELE! 

Éverton Cebolinha é, certamente, o cara e a grande arma do Grêmio de Renato Gaúcho. O camisa 11 é disparado o melhor jogador atuando no Brasil, hoje. Simplesmente desequilibra jogando aberto pela esquerda com dribles e finalização, suas características principais. Mas cada vez mais vem se tornando um jogador também capaz de realizar um jogo mais curto e associativo. É um ponta de muita qualidade, nível seleção brasileira, onde foi testado e destaque como titular, substituindo Neymar. Foi desejado por muitos clubes da Europa nessa janela mas o Grêmio conseguiu segurar o atleta por mais um tempo. Jonathan vai precisar de muita ajuda e compensação dos outros jogadores rubro-negros para marcar esse belíssimo jogador que precisa de uma atenção especial.




ATHLETICO

O Athletico de Tiago Nunes possui uma missão bastante complicada pela frente. Encarar o Grêmio num jogo de copa, na Arena do Grêmio, não vai ser fácil. Mas, como ressaltou Tiago Nunes, esse elenco do Furacão não cansa de surpreender o Brasil, por que não surpreender novamente? Qualidade e repertório tático para isso tem. É preciso fazer uma partida madura coletiva e individualmente, ligado os 90min de jogo. A única dúvida do treinador segue sendo Nazário ou Nikão como meia. O primeiro dá mais movimentação e velocidade, já o segundo acrescenta mais fisicamente, potencializando os duelos de primeira e segunda bola. Tiago Nunes parece, por enquanto, não cogitar a saída de Marcelo Cirino do time. Testou-o aberto pela direita, pensando em usar o atleta dando profundidade por esse lado, já que do outro Rony costuma cortar pra dentro, mas os poucos toques na bola e a maioria dos duelos perdidos fez o treinador repensar. No último jogo, o posicionamento foi diferente. Usou Marcelo mais centralizado, buscando ter ele e Marco Rúben batendo com os zagueiros, mas a falta de qualidade de jogo curto do camisa 10 também não resultou num bom jogo individual dele. Esperamos que Tiago Nunes repense e nos surpreenda escalando Nikão aberto e Nazário por dentro, deixando o time mais solto, porém não me parece que irá acontecer para esse primeiro jogo.
Independentemente da escalação, o Athletico só conseguirá trazer um bom resultado de Porto Alegre se sua postura em campo for digna para isso. O time precisa, individualmente, estar 100% ligado mentalmente e não ceder à pressão que será exercida pelo time e torcida do Grêmio. Com isso realizado, o jogo técnico e tático de cada um certamente irá aparecer. Se o time quer conquistar a vaga para a final desse torneio importante, deve jogar como time grande e maduro. Apostar no seu estilo de jogo, marcando forte sem a bola e, quando tiver a posse, saber dosar o momento de acelerar para armar um contra-ataque e o momento de trocar passes e fazer o adversário correr atrás da bola. O Furacão só sai de lá com um bom resultado se conseguir se impor diante das dificuldades que aparecerão. Será necessário tirar o Grêmio da sua zona de conforto e não deixar com que o time gaúcho tenha o domínio da partida. Recursos táticos, técnicos, físicos e mentais o Athletico tem. Só precisa conseguir usá-los. Usando-os, o céu é realmente o limite para nossa equipe. PRA CIMA ATHLETICO!






Texto de Rapha Cordeiro. @hcrapha on twitter

quarta-feira, 17 de julho de 2019

COLUNA: PODEMOS SONHAR NO MARACA!

   Fora de casa, o Furacão não tem mostrado a mesma força que na Baixada em 2019. Mas será que, em algum momento de sua história recente, o Athletico foi um visitante forte?
   Em 2013, o time comandado por Wagner Mancini terminou na 3° posição e, mesmo assim, tinha o fator visitante como empecilho. Também, em 2016, o similar aconteceu com o elenco de Paulo Autuori, que mesmo alcançando vaga na Libertadores pelo "G6", sofria com a dificuldade de alcançar bons resultados longe de Curitiba.
   Apesar de esse tema se estender até a temporada atual, o Athletico de Tiago Nunes tem pelo menos uma grande diferença para ambos citados anteriormente: imposição, independente da maneira e local de jogo. Diferente do Furacão reativo de Mancini e não convincente de Autuori, o atual elenco tem coragem e personalidade, mostrando pontos positivos em quase todas as partidas e ser capaz bater de frente com qualquer clube da América, pela 1° vez nos últimos anos, ainda que esteja longe de ter o elenco mais recheado e os melhores patrocinadores em termos financeiros.
   Não suficiente, o histórico de Tiago Nunes no Maracanã nos dá maior garantia ainda de que podemos sonhar com a classificação. O treinador tem 3 partidas disputadas no estádio, com duas vitórias e apenas uma derrota. No entanto, mesmo quando derrotado, estava vencendo com um time misto até o final da partida, em um cenário parecido com o de hoje: Flamengo com força máxima em um Maracanã lotado. Quanto às duas vitórias, ambas tinham grande pressão oposta ao Furacão vinda das arquibancadas, sendo uma pela semifinal da Sulamericana contra o Fluminense, e outra justamente contra o Rubro-negro carioca, na última rodada do Brasileirão 2018, onde naquela ocasião vencemos com o elenco reserva.

Comemoração de Rony após golaço em vitória no Maracanã, na última partida do Brasileirão 2018 (foto: Miguel Locatelli/Athletico)
   É noite de decisão e certamente não entraremos em campo como favoritos, em razão de ser longe da Baixada e pela última partida do Flamengo, onde aplicou 6 a 1 no Goiás. Entretanto, temos motivos para acreditar que sairemos de campo semifinalistas, visto também a boa partida de ida que fizemos. VAMOS FURACÃO!

Por Fauri Cubas - @fauricubas (os textos de coluna apresentados no blog não necessariamente representam a opinião oficial do mesmo, sendo então restrita apenas ao colunista).

terça-feira, 21 de maio de 2019

¡TE QUIERO, RECOPA!

   Nesta quarta-feira (22) , o Athletico entrará em campo disputando a Recopa Sulamericana pela 1° vez. A Taça é disputada desde 1989 e apenas 7 times brasileiros já conseguiram o feito de sagrarem-se campeões. Ainda, apenas 4 representantes da Sulamericana foram campeões da competição em toda a história, sendo um deles, o River Plate de 2015, também de Marcelo Gallardo, técnico ainda no cargo do clube argentino. Em caso de conquista, é um título que colaboraria ainda mais com a expressão que o Athletico tanto busca na América do Sul, crescendo muito nos anos recentes. No entanto, não será nada fácil para os comandados de Tiago Nunes, que terão de superar o peso, tamanho e qualidade do adversário argentino.

(Taça cedida ao vencedor da Recopa/ CONMEBOL)

   O River Plate é um dos maiores clubes da América do Sul, quando o assunto è tradição. Nacionalmente, é o maior vencedor do país com 36 conquistas e, internacionalmente, tem 4 Libertadores, 1 Sulamericana e 2 Recopas, além de possuir a 2° maior torcida da Argentina, atrás apenas do seu rival Boca Juniors.
   Desde 2014, sob o comando de Marcelo Gallardo, que também foi jogador do clube e tem muita identificação com a torcida, são 10 títulos em um prazo de apenas 5 anos.

(Marcelo Gallardo, atual Técnico do River Plate/ Créditos: River Plate)


   Neste ano, a base do time campeão da Libertadores 2018 foi mantida, com exceção de "Pity" Martínez, destaque da equipe ano passado que foi vendido ao Atlanta United. De lá pra cá, Marcelo Gallardo vem tentando se reinventar dentro do clube para manter o bom futebol. O time foi 4° lugar no Campeonato Argentino, passou em 2° no grupo da Libertadores nessa temporada mas foi eliminado da Copa de La Superliga, semana passada. O grupo vem num bom momento e com moral, tendo apenas 2 derrotas nos últimos 22 jogos. Lesionados, Quintero e Scocco, importantes no esquema de Gallardo, não jogam contra o Furacão. Porém, o elenco dos argentinos é badalado e conta 5 jogadores argentinos do elenco na pré-lista para a Copa América.
   De fato, eles formam um time muito bem treinado, que tem como característica principal a posse de bola objetiva, que Gallardo já disse que não abrirá mão, mesmo sabendo que também é algo que prega o Tiago Nunes. Tem em Exequiel Palacios, garoto de 20 anos e sondado pelo Real Madrid, o grande destaque técnico do time. Além dele, o experiente Ignacio Fernández e o matador e também experiente Lucas Pratto são jogadores para ficarmos de olho.
(Provável River Plate que virá à Baixada)

   O Athletico irá com força máxima para o jogo, apesar dos desfalques de Thiago Heleno e Camacho, suspensos por doping. Jonathan é dúvida e, caso não jogue, Erick poderá substituí-lo, como na partida em Fortaleza. De resto, devem ser os mesmos 11 que Tiago Nunes vê como titular: Santos; Jonathan (Erick), Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Bruno Guimarães e Lucho; Nikão, Rony e Marco Rúben).
  O Furacão terá pela frente um teste gigante na temporada, pois encara um dos melhores e mais organizados times da continente, não à toa atual campeão da Libertadores.


ANÁLISE TÁTICA: River tentará tirar um pouco da posse de bola que costumamos ter dentro de casa. Portanto, o Athletico precisa lutar por essa posse, marcando forte e buscando a recuperação da bola, principalmente pelo meio. Ofensivamente, o lado do campo pode ser um ótimo lugar de criação das jogadas a nosso favor, principalmente pela esquerda, com a dobradinha Renan Lodi-Rony. Aproveitar contra-ataques, pelo fato do River ter uma defesa lenta e, jogando com a linha alta, também pode ser um ponto importante a ser explorado pelo Furacão.

   Será novamente um jogo que ficará marcado na história do clube, jogo grande que todo clube almeja estar. O Caldeirão precisa ferver para que a atmosfera seja adversa ao bom time do River Plate e, que assim, o Athletico consiga fazer mais uma vez em casa uma bela partida, levando um bom resultado para a decisão no Monumental de Nunez, dia 30/05. É hora de fazer história! PRA CIMA, ATHLETICO!

domingo, 12 de maio de 2019

NOTIFICAÇÃO DE DOPING: THIAGO HELENO E CAMACHO

    A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) notificou o Athletico que Thiago Heleno e Camacho foram flagrados no exame antidoping. A substância detectada em ambos, contida em um termogênico utilizado para acelerar o metabolismo, foi indicada por um nutricionista do próprio Caju, que já não é mais funcionário do Clube. Também, haviam falsos boatos de que Bruno Guimarães e João Pedro teriam utilizado a substância para o mesmo fim, mas essa informação ja foi desmentida oficialmente.
(Zagueiro Thiago Heleno/ Foto: Rodolfo Buhrer)

    O zagueiro, que não jogou os últimos 2 jogos da Libertadores, alegando contusão, foi pego no dia 9 de Abril, em partida válida contra o Tolima. Já o volante, que machucou a panturrilha na primeira rodada do Brasileirão, foi pego dia 24 do mesmo mês, contra o Jorge Willstermann.

(Volante Camacho após contusão sofrida na 1° rodada, contra o Vasco. Foto: reprodução/RPCTV)
    No entanto, há a expectativa da contraprova e versão do Clube quanto ao ocorrido e providências a serem tomadas, buscando diminuir a penalização. Uma coletiva com o presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mario Celso Petraglia, está marcada para a tarde desta segunda-feira (13).

quarta-feira, 8 de maio de 2019

BOCA JUNIORS E A TEMIDA LA BOMBONERA


   Esta quinta-feira, 9 de maio, ficará marcada na história do Clube Athletico Paranaense. Será o primeiro jogo do clube no místico Alberto José Armando, conhecido mundialmente como La Bombonera, estádio do multicampeão Boca Juniors. Localizado no bairro La Boca, em Buenos Aires, o estádio é o mais temido da América do Sul, possuindo capacidade para 49mil pessoas, com arquibancadas altas e próximas ao campo, fazendo com que sua vibrante torcida faça do ambiente um verdadeiro caldeirão. Contra times brasileiros, o Boca tem ótimo retrospecto: apenas 7 times brazucas o bateram em sua casa.


  O Boca provavelmente entrará em campo com um time muito próximo a aquele que perdeu de 3 a 0 na Arena. A única mudança certa é a saída do meia Reynoso, que se lesionou na última partida, para a entrada do experiente Zárate. Em casa, o time argentino deve tentar uma pressão, principalmente nos minutos iniciais, apertando a saída do Athletico. Com a bola, é um time que vai procurar o jogo direto pelo meio com Tévez e Benedetto, usando os lados também com a velocidade do Villa. A bola área ofensiva do Boca também é muito forte.

   O Furacão de Tiago Nunes terá desfalques para o jogo. Além de Madson (que segue na transição entre departamento médico e trabalhos com bola), Camacho e Thiago Heleno não jogam. Com isso, Paulo André deve entrar na zaga e Wellington na volância. Lucho, que ficou fora por alguns jogos, deve voltar à titularidade no lugar de Tomás Andrade.
   Um empate classifica o Furacão como 1° do grupo. Para isso, além de manter seu estilo de jogo sem abdicar da posse e sendo muito vertical, o time precisa fazer um jogo mental como ainda não fez fora de casa na temporada. Muitas vezes o time de Tiago Nunes joga bem, mas falhas e desatenções acontecem e o Furacão não consegue vencer fora. Nada como um jogo desse tamanho para nós testarmos longe da Baixada.. O grupo precisa mostrar que é capaz de, novamente, fazer história. VAMOS, FURACÃO!

sábado, 4 de maio de 2019

PRÉ-JOGO: Chapecoense x Athletico

Após mais uma derrota fora de casa, diante do Fortaleza (2x1), o Athletico encara mais um jogo longe de seus domínios. Nesse domingo (05), o Furacão enfrenta a Chapecoense na Arena Condá. Será mais um grande desafio à equipe de Tiago Nunes que só perdeu fora de casa em 2019.
   A Chapecoense vem tendo um ano bem irregular. Começou o ano com Claudinei Oliveira como treinador, após ter conseguido o objetivo de salvar a Chape do rebaixamento em 2018. Além do mau futebol apresentado nesse ano, a equipe perdeu jogos importantes no Estadual e foi eliminado da Sul-Americana, fazendo com que Claudinei fosse demitido. Para o seu lugar, a Chape apostou em Ney Franco. O experiente treinador, com passagens por Athletico e Coritiba, veio com o objetivo de levantar a moral do grupo até a parada para a Copa América. Desde que chegou, conseguiu melhorar o futebol jogado pela equipe, porém perdeu a final do Estadual e foi eliminado da Copa do Brasil, restando apenas o Brasileirão para a Chape disputar em 2019.
   Mesmo com pouco tempo de trabalho, a Chape de Ney Franco já tem uma "cara". É um time que joga reagindo na maioria das vezes, como era com Claudinei Oliveira, porém tenta, principalmente em casa, ter um pouco mais de posse de bola. Fato que não tira as características de um jogo muito direto, usando muito os lados do campo para atacar. O ponto forte da equipe continua sendo a defesa, marcando muito forte pelo meio, induzindo o jogo pelos lados dos adversários que são obrigados a cruzar na área, fazendo com que a Chape tenha sucesso, na maioria das vezes, pois a dupla de zaga tem um jogo aéreo muito forte. Ney Franco deve fazer 2 mudanças no time que perdeu para o Corinthians, no último jogo. Tharlis e Alan Ruschel saem para a entrada de Diego Torres e Renato. A Chape deve marcar num 4-4-2 podendo variar para um 4-1-4-1. Tiepo é um jovem goleiro que vem fazendo ótimas partidas; Douglas e Gum são zagueiros lentos e pesados mas experientes e bons no jogo áreo; Márcio Araújo protege bem a entrada da área; os laterais são melhores no apoio do que na defesa. Atacando, o time joga num 4-3-3 variando ao 4-2-3-1. Aposta em 2 meias de origem, Diego Torres e Campanharo para armar o time pelo meio e nas pontas Régis e Renato dando velocidade e amplitude ao time, sempre buscando o artilheiro Everaldo.

   OLHO NELE!
   Everaldo é o grande destaque do time da Chapecoense. Com passagem pelas categorias de base do Grêmio, o atacante passou por vários times menores e se destacou fazendo uma boa Série A pelo Atlético-GO em 2017, com 25 anos. Com isso, foi contratado pelo Querétaro-MEX, time que tem contrato até hoje. Lá ele teve poucas oportunidades e foi emprestado à Chape até o fim desse ano. É um jogador inteligente para abrir espaços e tem muito faro de gol. A defesa rubro-negra deve estar ligada no artilheiro da Chape.


Nas normalidades, já seria um jogo muito complicado para o Athletico. Após Tiago Nunes anunciar que o Furacão irá com o time praticamente reserva, torna a Chapecoense favorita no confronto. Os catarinas são muito fortes em casa e o Furacão, com o time titular, já possui dificuldades e, com os reservas, tende ser ainda mais difícil. Santos, Wellington e Tomás Andrade serão os únicos titulares que irão jogar contra a Chape. Apesar de a vitória parecer mais distante jogando com este time reserva, será uma oportunidade para aqueles que vem jogando menos. Assim, Tiago Nunes pode ver quais são os pontos a melhorar no elenco, com quem pode ou não contar para o 2° semestre. Erick pode jogar na lateral direita ou de voltando e pode ser uma grata novidade. Vitinho também tem muito potencial e pode mostrar ao treinador que está pronto. O provável time do Athletico vem com: Santos, Erick, Paulo André, Halter e Márcio Azevedo; Wellington, Cittadinni e Tomás; Vitinho, Braian Romero e Marcelo. VAMOS, FURACÃO! 

terça-feira, 30 de abril de 2019

PRÉ JOGO: Fortaleza x Athletico

  Após estrear bem no Campeonato Brasileiro, goleando o Vasco por 4 a 1 na Arena, o Athletico encara o Fortaleza nesta quarta-feira (01) às 21h30, no Castelão. O time de Tiago Nunes vem provando ser muito forte quando joga em casa, mas quando testado longe da Baixada ainda sofre para buscar resultados. Prova disso ,são as duas únicas partidas da temporada como visitante (válidas pela Libertadores) em que, mesmo jogando bem, o Furacão foi derrotado. Será um desafio interessante, já que o Fortaleza também é um bom mandante.
   Desde 2006, quando rebaixado, o Fortaleza não disputa a elite do futebol nacional. É um clube de grande torcida e tradição no Ceará, mas tem um histórico recente de crise, chegando a disputar a Série C do Brasileirão por 8 anos. Nesse meio tempo, "bateu na trave" diversas vezes e, em 2017, finalmente voltou à Série B nacional. Para a disputa da competição, o Leão apostou em Rogério Ceni para comandar a equipe no ano centenário do clube - e deu muito certo. A equipe foi avassaladora na segunda divisão, se tornando campeã da competição a 2 jogos do fim e 63% de aproveitamento.

(Rogério Ceni, atual técnico da equipe Cearense)

   O ano de 2019 é especial para o Fortaleza, que, depois de 13 anos, dará a alegria de disputar a primeira divisão brasileira aos seus torcedores. No entanto, pela subida repentina, o clube tem claramente como objetivo principal a estabilidade na Série A. Seu elenco não é recheado de jogadores badalados, como muitos da competição, mas tem bons nomes que ficaram da ótima temporada de 2018 e também experientes que chegaram, como o centroavante Wellington Paulista e o lateral Carlinhos, ex-Coritiba. Ainda, pode-se dizer que o principal reforço do tricolor cearense é a permanência de Ceni, que vive um momento de estabilidade e tem o elenco em suas mãos. Desde que o treinador chegou, o Fortaleza joga um futebol de proposição, buscando ter a posse de bola mas, por vezes e por características dos jogadores, também consegue ser reativo. Para o jogo contra o Athletico, o Leão deve repetir a equipe que foi goleada pelo Palmeiras na primeira rodada: um time organizado que tem em Osvaldo (ex-São Paulo) a principal esperança de jogadas individuais, e em Felipe a de organização na chegada ofensiva.
(Provável Fortaleza que deverá encarar o Furacão)

   Por outro lado, o Furacão vai embalado encarar o Leão nessa 2° rodada, com o objetivo de repetir fora o que já mostrou ser capaz de fazer em casa. Com exceção de Camacho, que se lesionou contra o Vasco e deve ter vaga suprida pelo Wellington, Tiago Nunes deverá colocar força máxima em campo -  Lucho deve voltar apenas para o jogo contra o Boca. Apesar do adversário ter sido goleado e, aparentemente, ter sentido o peso da Série A na primeira rodada, é um time bem treinado, que, embalado por sua grande torcida, deverá exigir bastante do sistema tático-defensivo Athleticano. PRA CIMA, ATHLETICO!

sábado, 27 de abril de 2019

PRÉ JOGO: Athletico x Vasco

   Fim dos Estaduais. Finalmente começará o Brasileirão 2019, campeonato mais disputado e, para muitos, também o mais difícil do país. É um desafio e tanto se manter regular por 38 rodadas, numa competição com calendário vez ou outra pesado e muitos times com elencos enxutos. Ainda, como se não bastasse a complexidade natural da competição, várias equipes possuem outros objetivos para disputar e, por o Brasileirão ser muito longo e maçante, acabam apostando suas fichas nas competições mais curtas - é provavelmente o caso do Athletico neste ano. Nenhuma equipe no Brasil tem calendário tão cheio como o Furacão: além do Estadual já conquistado e do Brasileirão, temos: Libertadores, Recopa, Copa Suruga e Copa do Brasil, exigindo grande repertório do técnico Tiago Nunes durante um 2019 desgastante.
   Na 1° rodada, o Furacão recebe o Vasco, que está em um momento conturbado. Alberto Valentim, ex-jogador do Athletico e agora treinador, foi demitido há uma semana atrás após grande pressão da torcida e uma sequência de maus resultados. Quem assumiu o seu lugar foi o interino Marcos Valadares, que treinava o sub-20 e é muito elogiado pelos trabalhos realizados na base. Foi na quarta-feira (24), pela Copa do Brasil, que Valadares fez seu 1° jogo sob comando da equipe, realizando uma boa partida e ganhando do bom time do Santos, do Sampaoli, por 2x1 (resultado insuficiente para classificar, mas que não apaga a boa atuação).

(Marcos Valadares, interino que comandará o Vasco)

   A equipe que irá a campo contra o Athletico deve ser muito próxima à que venceu o Santos. As únicas prováveis mudanças serão a entrada do jovem goleiro Alexander (Fernando Miguel se lesionou), Ricardo Graça na vaga do experiente zagueiro Leandro Castán e, ainda, há a dúvida se o meia Bruno César ganha a vaga do jovem Lucas Santos, um dos grandes destaques da "Copinha". Nesse contexto, o clube carioca provavelmente irá jogar apostando nos contra-ataques, mas não abdicando da posse da bola. Sua defesa tem uma linha de 3 zagueiros, sendo o Cáceres um lateral de origem. Essa linha dá liberdade aos alas, que têm bom apoio. Os volantes Raúl e, principalmente, Lucas Mineiro, têm qualidade e são o motores do time.
 
(Provável Vasco para a partida deste domingo/ Por: Diário do Furacão)

                                                                                
   OLHO NELE!

   O experiente atacante Máxi Lopez é a grande arma do time vascaíno, sendo um jogador muito inteligente taticamente, com um ótimo trabalho de pivô. Em 2019, ainda não foi aquele centroavante importantíssimo na permanência do Vasco na Série A do ano passado mas, certamente, é o jogador mais perigoso do elenco.

(Máxi Lopez/ Créditos: Vasco da Gama)


   Por outro lado, o Athletico deve ir com força máxima para esse jogo. Em relação ao time que perdeu para o Jorge Wilstermann na penúltima rodada da Libertadores, Thiago Heleno voltará no lugar do Paulo André e Tomás disputará vaga com Cittadinni - Lucho, a princípio, ainda não tem condições de jogo. O Furacão é favorito no confronto, enfrenta em casa uma equipe inferior tecnicamente, mas que ganhou confiança após a troca no comando e ainda assim tem bons nomes pra colocar em campo.

PRA CIMA, ATHLETICO!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

JORGE WILLSTERMANN E A ALTITUDE

   Nesta quarta, 24 de abril, o Athletico encara o Jorge Wilstermann pela Libertadores da América. Após vencer 3 seguidas na Arena, o Furacão joga as duas últimas partidas do grupo fora de casa e, dependendo da combinação de resultados, pode até classificar sem pontuar nesses jogos restantes. Mesmo assim, a conquista de pontos longe da capital paranaense não deixa de ser importante, já que o time rubro-negro está forte na briga pela 1° colocação.
   A goleada aplicada no Willstermann por 4 a 0, dia 14 de março, e o fato dos bolivianos amargarem a lanterna do grupo, não significam que o Furacão terá tarefa fácil na noite desta quarta-feira. Se por um lado eles foram goleados em Curitiba e Buenos Aires, demonstrando muitas fragilidades, por outro, também provaram ter qualidade quando buscaram o empate por 2x2 na Colômbia (onde o CAP perdeu, inclusive) e encararam de frente o Boca em sua casa, estádio Félix Caprilles, localizado em Cochabamba, nosso próximo destino.
Estádio Félix Caprilles, palco do jogo.

   Destino esse que, estando a 2600m de altitude, é tradicionalmente a grande arma do time boliviano. Ainda, existem cidades em maiores relevos, como La Paz por exemplo, outra cidade boliviana que abriga o The Strongest, clube que enfrentamos em 2014 e perdemos por 2 a 1 na altitude de 3600 metros acima do nível do mar. Naquela ocasião, o elenco rubro-negro sentiu bastante a diferença de pressão atmosférica, que contribuiu para o mal desempenho. De fato, alguns  jogadores podem não sentir os efeitos, mas é algo que inevitavelmente muda o ritmo do jogo pra quem não esta habituado e, mesmo em Cochabamba, dá pra ver o quanto o Jorge Wilstermann explora isso. Para piorar, o gramado é pesado e dificulta o jogo pelo chão. O time boliviano aposta num jogo muito direto e veloz, buscando superar fisicamente os adversários. É uma equipe que finaliza de longe também, explorando a velocidade da bola num ambiente com ar levemente rarefeito.

   Tem tudo pra ser uma partida complicada para o Furacão, que mesmo avassalador dentro de casa, na única partida do ano em que jogou fora, perdeu. Dessa vez, é um jogo em que o ambiente e suas condições podem ditar o ritmo da partida. Por isso, pode ser que a equipe rubro-negra precise fugir um pouco do seu estilo de jogo, e quanto a adaptação o time de Tiago Nunes tem facilidade. Uma vitória deixa o Athletico classificado e muito próximo da 1° colocação do grupo. Derrota significa colocar o time boliviano na briga e talvez precisar fazer um resultado na La Bombonera na última rodada. Um empate é bom resultado e deixa o time classificado ou muito próximo disso. VAMOS, FURACÃO!

PROVÁVEL CAP: Santos, Jonathan, Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Camacho, Bruno Guimarães e Cittadinni; Nikão, Rony e Marco Rúben.

PROVÁVEL WILSTERMANN: Gimenez, Meleán, Alex Silva, Montero e Aponte; Ortíz, Saucedo, Nuñez e Serginho; Chavez e Lucas Gaúcho.

ESTÁDIO: Félix Caprilles
HORÁRIO: 19h15

segunda-feira, 8 de abril de 2019

PRÉ JOGO: Athletico x Tolima

  Nesta terça-feira, 9 de Abril, o Athletico encara novamente o Tolima, pela 4° rodada da fase de grupos da Libertadores. No primeiro duelo, estréia das duas equipes na competição, os colombianos aproveitaram o fator casa e, com justiça, ganharam por 1x0.


  Hoje, os dois times vivem momentos diferentes na competição. O Athletico, provando ser muito forte na Baixada e melhorando tecnicamente, goleou nos dois últimos jogos, totalizando 7 gols em casa. Já o Tolima, que não conseguiu repetir boas atuações, vem de derrota na Bombonera e empate em casa, contra o Jorge Wilstermann.


  Pelo retrospecto negativo, possivelmente o CAP enfrentará um 11 diferente em relação à 1° rodada. A tendência é de 5 mudanças, entre elas o lateral-esquerdo Danovis Banguero (lesionado), autor do gol no primeiro jogo.


  Como em muitos momentos do jogo na Colômbia, a equipe comandada por Alberto Gamero deve apostar num jogo reativo, já que o físico e a velocidade são seus pontos fortes. Do meio pra frente existem bons jogadores que podem incomodar a zaga Athleticana, como Cassascal, Cariaco e Luís Cataño. Porém, a maior arma do Tolima pode ser o jogo aéreo, que, na Colômbia, em diversos momentos ofereceu perigo à meta rubro-negra. Ainda, vale ressaltar que, embora o Athletico não tenha saído do zero no primeiro encontro, o sistema defensivo colombiano sofreu 5 gols nas partidas seguintes.
  Do lado athleticano, não devemos esperar grandes mudanças para a partida de logo mais, já que o CAP vem de duas goleadas com nenhum gol sofrido. A expectativa é boa, e uma vitória coloca o Furacão a um passo do acesso à fase mata-mata.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

PRÉ JOGO: Athletico x Boca

Hoje, 2 de abril, o Athletico escreve mais um capítulo na Libertadores 2019, dessa vez contra o Boca Juniors. Desde que foram definidos os grupos esse confronto era esperado. Jogar pela competição mais cobiçada do continente contra o Boca Juniors é um momento grandioso para qualquer clube. São 6 Libertadores, 2 Sulamericanas, 3 Mundiais e 33 Campeonatos Argentinos conquistados pelos Xeneizes. 
   Além de toda história e peso dos argentinos, o time atual é técnicamente um dos melhores e mais valiosos da América do Sul. 6 jogadores do elenco (Benedetto, Andrada, Marcone, Villa e Junior Alonso) foram convocados para suas respectivas seleções na última data FIFA.
   O momento deles também é bom. Após perder na final da Libertadores de 2018 para o seu maior rival, o treinador Guillermo Schelotto saiu para o LA Galaxy e, para seu lugar, Gustavo Alfaro foi contratado após o sucesso no comando do Huracán. Alguns jogadores saíram, mas a base foi mantida e reforços chegaram. Em 2019 foram 9 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota, um bom aproveitamento (76%) e início de trabalho de Alfaro.
Gustavo Alfaro é o treinador do Boca para 2019.

   O Boca Juniors desse ano é uma equipe simples e direta, mas com muita qualidade técnica. Não faz tanta questão de ter a posse contra equipes que propõem o jogo, se defende e contra-ataca muito bem, abusando da qualidade de seus jogadores de frente. Costuma marcar num 4-4-2, tendo Iván Marcone e Nahitán Nández como leões na marcação do meio. Seus laterais são bem defensivos e a dupla da zaga muito sólida.
Time se defendendo num 4-4-2 com Tévez e Benedetto mais à frente, sem tanta obrigação defensiva.

    Ofensivamente, tem em Iván Marcone a qualidade técnica para sair de trás, a velocidade de Sebastian Villa e técnica de Mauro Zárate pelas pontas e finalmente, na frente: Tévez e Benedetto, jogadores capazes de decidir o jogo à qualquer momento. Vale ressaltar a bola aérea ofensiva muito boa da equipe, tendo o zagueiro Lisandro López como especialista pelo alto.
Time atacando. Marcone é responsável pela saída de bola pelo meio. Tévez procura muito a entrelinha.

   Para o Athletico, a vitória sobre o atual vice-campeão continental pode representar uma elevação no patamar da confiança e consolidação do projeto, que em 2018 rendeu o título da Sulamericana. Para esse jogo, Tiago Nunes deve repetir a escalação das últimas partidas, podendo ter a estréia de Lucho González em 2019. 
Provável CAP. Há duvida entre Camacho e Lucho.

   Certamente, será um jogo muito complicado para o Furacão, que enfrentará muita qualidade e tradição do outro lado. Porém, os comandados de Tiago Nunes tem totais condições para encarar o desafio de frente, já que os números do aproveitamento do Boca impressionam mas, por outro lado, a equipe e o treinador recebem muitas criticas por vencer e não convencer. A expectativa é de casa cheia, o caldeirão irá ferver!
  

sábado, 16 de março de 2019

FURACÃO NO MUNDIAL DE 2021?

  Discutido nessa sexta-feira (15), a FIFA aprovou o novo projeto para o Mundial de Clubes, que será de 4 em 4 anos e substituirá a Copa das Confederações, com primeira edição em 2021. O formato será com 24 equipes, sendo 6 da CONMEBOL, que ainda não decidiu como será a seletiva de seus representantes. Provavelmente, a instituição americana dará 4 vagas a campeões da Libertadores e 2 à Sul-Americana. Sendo assim, os 4 últimos vencedores da Sula teriam de disputar duas vagas - provavelmente 2017 X 2020 e 2018 X 2019 - enquanto os da Libertadores teriam participação garantida.

(Créditos/divulgação: FIFA)

  Os detalhes serão discutidos semana que vem, entre segunda e terça-feira. Ainda há algumas incertezas, como por exemplo o que fazer caso um clube conquiste mais de uma vez algum dos campeonatos ou conquiste ambos, e onde serão disputadas as partidas dos ganhadores da Sul-Americana. Caso confirmado tal formato de seleção, podemos dizer que nunca estivemos tão perto do Mundial desde o vice da Libertadores de 2005.

quarta-feira, 13 de março de 2019

NOVO PATROCÍNIO MASTER

  Ao que tudo indica, um novo patrocinador master será anunciado em breve pelo Athletico, estampando no peito da camisa rubro-negra: estamos falando do Banco Renner. Segundo informações trazidas pelo colunista Lauro Jardim (O Globo), a empresa 100% em plataforma digital, que também assinou com o Cruzeiro recentemente, anunciaria seu produto "Digi+", algo parecido com a imagem abaixo.

(Possíveis camisas de jogo com o novo patrocinador estampado. Imagem não oficial)

  No acordo, existiria um capital fixo negociado (valores não revelados) somado a variáveis da parceria, isto é, o clube teria participação no lucro que futuros athleticanos clientes do Banco trariam. Algo como foi acordado entre BMG e Corinthians recentemente, onde torcedores contribuem para o clube por meios secundários, fora do mundo do futebol.

O QUE ESPERAR DO JORGE WILSTERMANN?

   Após a derrota do Athletico para o Tolima na 1° rodada da Libertadores, fica evidente que, para classificar, o time não pode tropeçar nas partidas em casa. Para isso, o Furacão tem em sequência suas próximas 3 partidas na Baixada (Jorge Wilstermann, Boca e Tolima, respectivamente), para depois jogar as 2 últimas fora (Jorge Wilstermann e Boca).
 
  • Curiosidades: O clube de Cochabamba foi fundado em 1949 com o nome de San José de La Banda e, anos depois, mudou de nome para homenagear Jorge Wilstermann Camacho, primeiro piloto comercial de aviões da Bolívia. É um time gigante no cenário nacional, com 14 títulos (atrás apenas de Bolívar e The Strongest), sendo o último o Apertura de 2018. Na Libertadores, assim como a maioria dos times bolivianos, o Wilstermann dificilmente chega longe.

  • Últimas participações: em 2018 foi eliminado na pré-libertadores pelo Vasco, nos pênaltis, e em 2017 a equipe chegou até as quartas de final, caindo para o River Plate.

  • Retrospecto recente: após um bom ano de 2018 com Alvaro Peña no comando, em 2019 o Wilstermann apostou em um conhecido treinador da torcida rubro-negra: Miguel Ángel Portugal, que não teve sucesso na sua passagem pelo Furacão, em 2014. Aqui, o espanhol durou 5 meses e pediu demissão após o fracasso na Libertadores e um mau começo de Brasileirão. Ele também não vem tendo um início fácil na equipe boliviana, que é o 5° colocado no Apertura 2019.

(Miguel Ángel Portugal, ex-técnico do Athletico e atual do Jorge Willstermann / Foto: Geraldo Bubniak)


  Em campo, eles têm um jogo que abusa do lançamento e velocidade, mas peca em qualidade técnica. No time titular, tem 3 brasileiros: o veterano zagueiro Alex Silva, o atacante Lucas Gaúcho e o experiente camisa 10 e melhor jogador do time, Serginho.
   O Athletico pode esperar um time que vai marcar atrás da linha da bola, saindo com lançamentos rápidos para contra-atacar. No último jogo, empataram em casa contra o Boca - historicamente, os pontos conquistados são sempre dentro do Estádio Félix Caprilles, onde o time aproveita a altitude de 2500m. Fora da Bolívia, o retrospecto recente mostra goleadas sofridas e poucos pontos conquistados no campeonato continental.  A vitória é importantíssima para dar moral e confiança ao Furacão no decorrer da fase de grupos.

sábado, 9 de março de 2019

CARAS NOVAS PARA O 2° TURNO DO PARANAENSE 2019

  Depois de uma campanha sem brilho no 1° turno do Paranaense 2019, teremos reforços para a disputa da Taça Dirceu Krüger. Nomes de rodagem e boas apostas tendem a integrar o elenco aspirante:

Goleiro: Bento. Jovem aposta de 19 anos, não deve substituir o Léo, titular em todos os jogos até aqui. Sobe provavelmente para ganhar experiência e compor elenco.

Zagueiros: Paulo André e Zé Ivaldo. A inscrição do zagueiro mais experiente do Athletico seria um pedido do próprio jogador. Já a do Zé Ivaldo tem um viés de retomada e crescimento técnico - em 2018 foi um dos destaques no elenco aspirante campeão.


(Foto: Geraldo Bubniak)

Laterais: Khellven e Abner. O primeiro, apesar de jovem, teve destaque nos amistosos pelo principal e chega com moral para substituir Reginaldo, emprestado ao Atlético-GO. O segundo, revelado no rival (onde atuou ano passado), com passagem discreta no Real Madrid B e seleção de base, vem como aposta para substituir Nicolas, também emprestado ao time goiano.


(Créditos/divulgação: Real Madrid)

Meias: Léo Cittadini e Matheus Rossetto. Ambos são nomes para integrar o principal ao longo da temporada, mas ao mesmo tempo não têm muito espaço no 11 inicial. O estadual pode servir como fator evolutivo.


(Foto: Leo Pinheiro/Estadão)

Atacantes: Jáderson e Luiz Fernando. Jáderson se tornou uma aposta ainda maior do Furacão, depois de uma excelente Copa SP (atuando na lateral esquerda) e ótimas atuações nos amistosos pelo principal. Luiz Fernando, revelado pelo Figueirense, teve destaque nas categorias de base e chegou a ser listado como uma das "60 maiores promessas do futebol mundial", pelo jornal britânico The Guardian.


(Foto: Luiz Henrique/Figueirense)




sábado, 2 de março de 2019

ESTREIA NA LIBERTA: O QUE ESPERAR DO TOLIMA

(Créditos: Desportes Tolima)
  Pode parecer óbvio que o Athletico não terá vida fácil na Libertadores, campeonato mais difícil do continente. Como se não bastasse essa dificuldade natural da competição, estamos em um dos grupos mais difíceis: encararemos o gigantesco Boca, o Jorge Wilstermann da altitude e o perigoso Tolima, da Colômbia. Na estreia, é este que encararemos e o qual irei detalhar para termos noção do que vem pela frente.
   Quem não lembra da zoação que rolou com o Corinthians de Ronaldo em 2011, após ser eliminado ainda na pré-libertadores? O time treinado por Tite naquele desafio encarou o então ''descinhecido e fraco" (como era chamado pela imprensa paulista) Tolima e era favoritíssimo para classificar. Porém, não conseguiu superar a velocidade e força fisica colombiana.
   O Deportes Tolima é da cidade de Ibagué, 8° mais populosa do país, distando cerca de 200km da capital Bogotá. Não está entre os maiores da Colômbia, porém é um clube tradicional da elite futebolística colombiana. "Los Pijaos" (como também são conhecidos) ganharam 3 títulos nacionais: Torneo Finalización (2003), Copa Colômbia (2014) e Torneo Apertura (2018). Antes, frequentavam pouco a parte de cima da tabela colombiana, mas recentemente vem fazendo boas campanhas e montando bons times.
   Após um ótimo ano de 2018, sendo campeão do Apertura e semifinalista do Clausura, o Tolima manteve a base mas perdeu jogadores importantes como Yohandry Orozco (New York Cosmos) e Sebastian Villa (Boca Juniors). Algumas contratações foram feitas e nos 11 jogos realizados no ano, o técnico Alberto Gamero vem tentando encaixar peças e recuperar o bom futebol, mas não está sendo fácil: o time é irregular nesse início de temporada, é o 5° colocado (com 1 jogo a mais) do campeonato colombiano. Também, perdeu nos pênaltis para o Junior na Supercopa. Mesmo que Gamero ainda esteja procurando seu melhor 11, já mostra bons indícios de quem começa jogando. Na parte tática, os conceitos e características individuais e coletivas da equipe são muito claras.
   É uma equipe que joga num 4-3-3 fortemente posicional, com poucas variações táticas, no máximo variando para um 4-2-3-1. 



   Ofensivamente, busca a posse da bola. Na grande maioria dos jogos do ano, teve posse de bola superior ao adversário, mas cria pouco. Possui um meio-campo bastante técnico com a bola, pontas de velocidade e tem em Marco Pérez a grande esperança de gols. O atacante colombiano, de 28 anos, foi muito bem no Clausura do ano passado anotando 14 gols em 15 jogos. Já nesse ano fez 2 gols em 5 jogos que disputou. E para alimentar o centro-avante, o Tolima tem bons jogadores como Luis "Cariaco" González, Rafael Carrascal e Jaminton Campaz, de apenas 18 anos.
   A parte defensiva do Tolima vem sendo o maior problema da equipe. Tenta sempre que possível marcar alto, evitando a saída de bola do adversário. No entanto, quando é atacado sofre muitos problemas para defender sua área. Laterais têm dificuldades para defender e os zagueiros são lentos e pesados.
   Mesmo tendo tecnicamente um time melhor, o Athletico deve encarar um jogo muito difícil na sua estreia. Jogadores podem sofrer com o ritmo de jogo e com o aspecto físico. A chave para o Furacão é manter a maneira que gosta de jogar: pressionar a saída de bola do Tolima (que possui zagueiros carentes de recursos) e buscar sair tocando de trás para superar a marcação alta dos colombianos. Será um jogo difícil, um empate é um bom resultado, mas torcemos e confiamos que Tiago Nunes e seus comandados possam sair de lá com uma vitória, para assim estreiar no ano e na competição com o pé direito.


Por: Rapha Cordeiro -
@hcrapha on twitter





domingo, 24 de fevereiro de 2019

ATHLETICO DE 2019 E SUAS MUDANÇAS TÁTICAS

Texto de Rapha Cordeiro
@hcrapha on twitter
Desde o dia 14/01 o Athletico faz sua pré-temporada visando a estréia na maior e mais disputada competição do continente: a Libertadores da América. Além da preparação diária no Caju, o time fez jogos-treinos e amistosos para que Tiago Nunes pudesse acelerar o ritmo da equipe no individual e coletivo. No entanto, sabemos que "treino é treino e jogo é jogo" e por mais fortes que sejam os treinos e amistosos, a pegada não é a mesma de uma partida de Libertadores, ainda mais contra boas equipes que já vêm jogando partidas oficiais. Porém, é um preço certo a se pagar, visto que o time tem mais tempo para entender as ideias do treinador e fisicamente, por mais desgastante que possam ser os primeiros jogos, no decorrer da temporada os jogadores do clube estarão à frente dos demais.
   Nos dois amistosos da equipe que foram abertos ao público e também transmitidos, o Athletico enfrentou duas equipes paraguaias: General Díaz e Guaraní, respectivamente. Tecnicamente, são equipes inferiores ao nível da fase de grupos do Furacão. Todavia, foram bons testes para Tiago Nunes, que pôde mostrar para a torcida a "cara" do time, e este experimentar o clima de um jogo no caldeirão.
   O que deu pra sentir foi uma equipe que, em relação ao campeão da Sul-Americana, joga com os mesmos conceitos. Sem a bola, tenta apertar a saída do adversário. Com bola, procura ter a posse, tenta sempre sair jogando de trás e possui todas as características de um jogo posicional. Quando perde a posse, o objetivo é realizar o "pressing", que consiste em pressionar o portador da bola para roubá-la novamente.
Time aperta a saída de bola, fazendo o adversário dar chutão.

Time sempre tenta sair jogando, mesmo que pressionado.

Time pressionando o portador da bola após perder a posse.
   Apesar dos conceitos continuarem os mesmos em relação ao ano passado, houveram mudanças no sistema tático: o time atuou em grande parte do tempo num 4-1-4-1, em ambos os jogos. Sem a bola são duas linhas de 4, com 1 volante intermediando elas e apenas 1 atacante mais à frente, diferentemente do ano passado, em que o time se defendia num 4-4-2. E qual a diferença? o primeiro esquema  citado dá mais proteção e evita o jogo entrelinha, e o segundo provoca maior pressão na saída do adversário. Porém, o interessante é que mesmo jogando no 4-1-4-1, encaixes de marcação podem ser feitos e o time voltar ao 4-4-2.
Time se defendendo no 4-1-4-1. Wellington entre às linhas e Rúben sozinho mais à frente.

Time de 2018 que marcava num 4-4-2.
Cittadinni sai da linha pra pressionar e, a partir do encaixe, time volta ao 4-4-2.

   A equipe do ano passado atacava num 4-2-3-1, com o meia próximo do atacante e na mesma linha dos pontas, quase como um 2°atacante. Raphael Veiga, que fazia tal função, participava pouco da construção e procurava mais jogadas por dentro, pisando muito na área adversária. Já nos amistosos desse ano, jogamos com esse "meia" próximos aos volantes, ajudando muito mais na construção.
Time de 2018 atacando no 4-2-3-1. Meia não participa da construção e procura entrelinha.
Time desse ano com 3 "volantes" participando da construção.

   Estamos há 1 semana da estréia do Athletico na Libertadores e é bem provável que a equipe de Tiago Nunes deverá atuar nesse 4-1-4-1, tanto para defender como para atacar. Ele mesmo disse, em entrevista, que essa mudança é importante para o repertório tático da equipe, e que na temporada passada tais variações só não foram possiveis por ter assumido o cargo sem tanto tempo para treino . Tendo essa importante pré-temporada, certamente o Furacão vem bem treinado e com ótimas ideias para o início de 2019. Basta agora ao treinador a tarefa de escolher os 11 jogadores que conseguirão melhor executá-las, para então finalmente iniciar a temporada com o pé direito.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

GUANAES: O MAIOR CULPADO PELO FRACASSO NO 1° TURNO?

 
Por: Rapha Cordeiro - @hcrapha on twitter
  Parto do princípio de que, no futebol, os jogadores são responsáveis diretos no espetáculo. Passar ou finalizar, pressionar ou cercar, são exemplos das diversas tomadas de decisão que os atletas precisam realizar e, para serem tomadas da maneira correta, eles precisam mais do que apenas a técnica para um determinado gesto/movimento. É preciso estar bem na parte tática, física e mental, e é aí que entram aqueles que, indiretamente, contribuem para o espetáculo.
    Num tempo do futebol em que a diferença técnica entre os jogadores é cada vez menor, o treinador, junto de sua comissão, ganha cada vez mais créditos e visibilidade. Um bom técnico não só escala o time no sistema tático de sua preferência, ele precisa também saber gerir um grupo de pessoas, buscar novas descobertas nos treinos (mesmo sabendo que, no Brasil, esse tempo é curto) e além de tudo isso, para que suas ideias sejam bancadas e bem executadas pelo elenco, motivar e, principalmente, integrar todos os jogadores.
    Para o grupo de aspirantes que disputa o Campeonato Paranaense, o Athletico apostou no jovem treinador (37 anos) Rafael Guanaes, que havia sido campeão da Copa Paulista pelo Votuporanguense. Chegando ao Furacão, ele teve a missão de disputar o Paranaense em um clube que, mesmo com o time B e vários jogadores jovens, chegaria como um dos favoritos ao título. Porém, a verdade foi que ele não conseguiu fazer o time jogar para isso.
    Taticamente, desde a base até o profissional, o clube tem como característica um jogo posicional e propositivo, que valoriza a posse. E o Athletico do Guanaes não é diferente nesse quesito. Entretanto, o que deu pra ver no 1° turno foi um time que consegue propor o jogo, mas cria poucas chances de gol. Sendo assim, os adversários que sabem disso apostam num jogo reativo de muita marcação e saída rápida, complicando e exigindo melhor repertório ofensivo ao Furacão. Além da parte tática, no que Guanaes igualmente errou foi em escalações e substituições. Nos primeiros jogos, fez mudanças aparentemente com pouco sentido e depois, de maneira teimosa, continuou bancando as mesmas táticas e escolhas que não funcionavam. Além disso, bancou jogadores experientes que não estavam rendendo, sendo que poderia dar as vagas a garotos de mais qualidade. Reginaldo e também, para muitos, Marquinho, são jogadores de maior experiência que talvez estejam rendendo menos que novatos de potencial, mas permanecem nos 11 titulares.
    Com a eliminação no 1° turno (Taça Barcímio Sicupira), o time de aspirantes terá 1 mês de preparação para a 2° etapa (Taça Dirceu Kruger) e, então, coloco a indagação: demitir Guanaes e apostar em outro treinador no meio do caminho, ou mantê-lo por conhecer o grupo mesmo sabendo de sua limitação? Na pesquisa do Diário do Furacão, no twitter (11/fev), a grande maioria dos torcedores (82%) demitiria Guanaes e dariam esse tempo de 4 semanas de treino para outro tentar fazer com que essa equipe evolua. Tenho a ideia de que uma "cara nova" para esse 2° turno seria interessante, mas tal mudança teria de ocorrer com alguém do próprio clube, que saiba dos ideais de jogo do CAP e que conheça os atletas.
    Por fim, vale ressaltar que o grande objetivo do clube não é a conquista do título, mas sim lançar, lapidar e até recuperar jogadores que possam futuramente servir à equipe principal. Todavia, todo time entra numa competição para ganhar e os torcedores querem a taça mesmo que não valha nada, como é o caso do Estadual, ainda mais vendo que o time tem potencial. Mas esse potencial, infelizmente, não foi aproveitado por Rafael Guanaes, que pode ter dado margem a perder o cargo, brevemente ou não. Aparentemente, a demissão não deve ocorrer e será dada mais uma chance a ele. O que temos de ter conhecimento é que esse grupo aspirante tem potencial para ir longe no campeonato e, na pior das hipóteses de o time continuar sem brilho, nossas jovens promessas não podem ser queimadas.
    Sabemos daqueles que possuem talento e que, inseridos num contexto mais saudável podem render. Nos resta torcer para que, independentemente do treinador que estiver à frente da equipe, veja que os garotos da copinha pedem passagem. Que Erick, Matheus Anjos e João Pedro são jóias que estão sendo usadas de maneira errada e precisam ser melhor lapidadas. Resolvendo primeiramente esses problemas, o grande passo para um 2°turno melhor que o 1° finalmente será dado.